17 de dez. de 2009


14 de dez. de 2009

A Genética da Cabanha Ibirocai

O tradicional criador Thales Ferreira da Costa, da Cabanha Ibirocai de Alegrete-RS, enviou para a redação Shorthorn Brasil, um artigo assinado por ele, que conta a história do melhoramento genético realizado na cabanha á 45 anos através da Inseminação Artificial, seleção esta que já revelou inúmeros grandes campeões de Esteio. Neste ano de 2009, completamos 45 anos ininterruptos de Inseminação Artificial, nos dois rebanhos, bovino e ovino.
Iniciado por meu pai, Aristoteles Ferreira da Costa, com a supervisão do Méd-Vet José Amarílio Caldas de Souza, Técnico do Ministério da Agricultura, discípulo do Professor Antônio Mies Filho e que recentemente havia chegado a Alegrete, justamente para introduzir esta biotécnica.

Nossos pais usados no rebanho Shorthorn:

A- T600 - Ibirocai IE One T600 - Garfo - Colorado tapado, mocho, reservado de Grande Campeão em Esteio 2000, Grande Campeão em Alegrete 1999. Filho de HS Instante Enticer. Vendido para Bom Jesus/RS.

B- T690 - Ibirocai WPM Pilgrin T690 - Chitãozinho - Colorado tapado, mocho, de tamanho moderado, muito musculoso, já tem mais de 200 filhos registrados na Cabanha, é o nosso touro mais usado, de eleição em vacas de maior porte. Reservado de Grande Campeão em Esteio 2001, quando foi elogiado pelo Professor Gary Minish, jurado de Hereford naquele ano. Grande Campeão em Alegrete 2001. Filho de Waukaru Prime Minister em vaca GS Irish Sweepstakes. Sua mãe era uma vaca mediana, mas muito produtiva.

C- T758 - Ibirocai WPM Quality T758 - Afilhado - Colorado tapado, mocho, muito musculoso de maior porte. Também filho do Americano Waukaru Prime Minister, touro muito usado nos EEUU e Austrália, exclusividade do Ibirocai. Reservado de Grande Campeão em Esteio 2003, e Alegrete 2001, foi vendido para o Senhor Cléo Lopes Fischer, Cachoeira do Sul.


D- T760 - Ibirocai WC Quarterbeck T760 - Chimango - Colorado tapado, mocho, de extraordinário fenótipo, filho do Líder Genético, nos EEUU e na Austrália - Nova Zelândia, Waukaru Chaps, o touro número um em DEPs de desmama e ano nos EEUU, reservado de Campeão dois Anos em Denver. É nosso segundo touro mais usado, já tendo 93 filhos registrados na Cabanha. Em Esteio 2003 foi o Grande Campeão da Raça e Destaque no CDP, maior peso ajustado aos 550 dias. Também Grande Campeão da Raça em Alegrete 2003. Vendido para a Cabanha Itapororó da Tuna, Alegrete.

E- T800 - Ibirocai IM Report T800 - Canivete - Rosilho mocho, de grande tamanho, grande perímetro testicular, filho do líder genético americano, para facilidade de parto, peso ao nascer e puro leito SR Irish Mark. Sua mãe foi reservada de Grande Campeã em Esteio em 2001, com o mesmo ao pé, é uma vaca de extraordinária habilidade materna, anualmente cria seu filho e mais um guaxo. Grande Campeã em Alegrete e Rosário do Sul em 2001. Atualmente está criando três terneiros. O Professor e Jurado Internacional, Gary Minish, viu este terneiro com aproximadamente uma semana, prevendo grande futuro. É o touro que a Cabanha usa em vacas de menor porte. Atualmente tem um casal de filhos seus na Cabanha. Foi Reservado de Grande Campeão em Alegrete, 2004. Vendido para a Cabanha Itapororó da Tuna, Alegrete.


F- T872 - Ibirocai T760 Tradition T872 - Coador - Vermelho mocho, excelente fenótipo, foi Grande Campeão de Alegrete, 2004. Filho do T760 ( Grande Campeão de Esteio e Alegrete ) e T755 ( Grande Campeã de Esteio e Alegrete ) e neto materno de T595 ( Grande Campeã de Esteio e Alegrete ). Sua mãe está com nove anos e quatro meses, já tem oito filhos registrados, pariu gêmeos em 2007, muito leiteira, tradicionalmente cria guaxos, está atualmente criando sua linda terneira rosilha e mais dois guaxos. Está entre as vacas mais produtivas da Cabanha, tem extraordinário temperamento. Está entre as vacas “ mimosas “ da Cabanha. Até agora os filhos de T872, aqui nascidos, são todos mochos e colorados tapados. Com uma linhagem de várias gerações de vermelhos, é o touro que usamos em vacas com manchas brancas. Foi vendido para Mostardas/RS. É o segundo em DEP de desmama no Promebo.

10 de dez. de 2009

Vídeo: Major Leroy



Major Leroy tem sêmen disponível com a Semex. Para adquirir suas doses, basta entrar em contato com Carlos Eduardo, pelos telefones: (53) 9965 6596 - Ou pelo email: bage@semex.com.br .

21 de nov. de 2009

Uma jovem pecuarista, seduzida pelos encantos do Shorthorn

Garota de 14 anos é a mais jovem criadora da raça britânica no Brasil

Quem disse que a atividade campeira é liderada por homens? Os tempos mudaram, a mulher ganhou voz ativa na sociedade e a cada dia, conquista mais espaço no mundo globalizado. Por outro lado, elas também encaram as "tradições" e á ferro e fogo registram a marca feminina nos mais variados seguimentos e dão um show de competência também. Betina Rossato de Abreu Medeiros, por exemplo, é uma jovem pecuarista, de 15 anos de idade. A guria que reside na cidade de Cruz Alta/RS, é considerada também a mais jovem selecionadora da raça Shorthorn do Brasil. A interação com o meio rural é fruto do vínculo familiar com a pecuária. Seu pai, Alberto de Abreu Medeiros, é proprietário da Agropecuária Maipú, localizada em Ibirubá/RS, tradicional selecionadora da raça Aberdeen Angus. Alberto sempre incentivou a filha á freqüentar a fazenda e conviver com as artimanhas do campo, o que, segundo Betina, fez toda a diferença para ela se tornar a jovem pecuarista.
Porém, o que faz esta história tão diferente, não é apenas a idade da menina. Betina se diferencia não só pela juventude aplicada em um trabalho de criação, como também por suas decisões. Ela mesma, estudou, pesquisou e escolheu a sua própria raça para criar e selecionar, diferentemente do que estamos acostumados á ver, onde filhos seguem o mesmo trabalho da família. Conta que sempre ouviu falar em suas andanças pelo campo com seus familiares, que a raça mãe das raças, se chamava Shorthorn. O slogan “raça mãe” se refere á duas de suas principais características. Uma delas faz alusão á grande quantidade de raças que o Shorthorn influenciou geneticamente e formou no decorrer das décadas. Outra menção que se pode fazer ao “raça mãe” é sem duvida o fato da vaca Shorthorn ser uma excelente mãe. Sua habilidade materna é incrível devido aos cuidados e por ser muito zelosa com sua cria, ocasionando uma perda muito pequena de terneiros se comparando com outras raças de corte. Isto causou muita curiosidade á jovem, a qual á levou a buscar mais informações sobre a raça. Em visita á Exposição rural de Palermo, em Buenos Aires na Argentina, Betina teve a oportunidade de conhecer ao vivo a famosa “raça mãe”. “Lá eu vi como o Shorthorn é uma grande raça e de muita importância naquele país, pois ela está entre as três principais raças bovinas, ao lado do Aberdeen Angus e do Hereford” conta. Ao ver os animais, Betina se encantou com os exemplares que viu principalmente pela diversidade de pelagens encontradas na raça – vermelha, branca, rosilha e vermelha e branca -.
Após ter conhecido a raça de perto, Betina sonhava em criar Shorthorn. Com o apoio e a ajuda do pai, ela adquiriu os primeiros ventres e iniciou a reprodução dos mesmos, dando inicio á formação do seu plantel. Ela conta que não sabe explicar o grande amor que ela tem pela raça, no entanto, arrisca que tanto características raciais e estéticas, quanto funcionais, a fazem amar cada vez mais o Shorthorn. “Nem eu entendo a minha paixão, mas acho que é por alguns fatores, como a pelagem que me encanta muito, a habilidade materna, a docilidade, a rusticidade e a rápida capacidade de engorda e terminação” conta. Porém não deixa de atribuir também ao “sangue” de pecuarista que também influencia.
Quem pensa que o sonho de Betina já está realizado, está muito enganado. A menina quer ver a raça Shorthorn no topo da pecuária, começando por uma criteriosa seleção realizada entre seus próprios animais. “Quero reproduzir as minhas melhores matrizes e mostrar nas exposições os melhores animais produzidos, ou seja, mostrando ao Brasil e ao mundo, as grandes qualidades desta raça maravilhosa” explica. Entre os tantos sonhos de Betina, envolvendo a pecuária e especialmente o Shorthorn, era de expor seus animais na Expointer, sonho também já realizado, mas como muito trabalho pela frente. Em 2007, ela levou pela primeira vez seus animais, sendo uma fêmea e dois machos, e não é que a guria já começou com o pé direito? Sua terneira “Santa Isabel 017 Freak Estrela 701” conquistou de cara o grande campeonato da exposição. Já em 2008, ela quase não foi para a feira, mas a família de Betina se empenhou e ajudou a guria mais uma vez. Proprietária da Rural Abreu, Vera Abreu, avó de Betina é criadora de Braford, e inscreveu animais para participar da Expointer. Para incentivar a neta, se comprometeu de levar a fêmea Shorthorn para Esteio, juntamente com seus animais. No julgamento, novamente, ela conquistou o grande campeonato, sendo bi grande campeã da mostra, sem ter completado dois anos de vida. Este foi o grande motivo para que Betina pulasse da arquibancada da pista de julgamento do parque Assis Brasil, e com gritos e lágrimas no rosto, estampa-se um carinhoso beijo na sua amada novilha. “Ela representa muito pra mim, pois é um sonho que consegui realizar graças ao meu pai e a toda minha família. Acho que é muito importante a participação da raça na feira, já que a Expointer tem o papel de divulgar o trabalho de seleção dos criadores, mostrando a melhor genética de cada raça, e a Agropecuária Maipú, obteve grande sucesso pois ela acredita no Shorthorn e tem animais com grande potencial para a pecuária brasileira” conta, a jovem, que este ano, na Expointer 2009 faturou novamente o grande campeonato de fêmeas e também o de machos da raça.
Depois de tanta alegria e emoção com os resultados na Expointer, Betina se interou ainda mais com a raça e os outros criadores se tornando a diretora dos jovens criadores da Associação Brasileira dos Criadores de Shorthorn e Lincoln Red. Responsabilidade em dobro é agora que ninguém mais segura esta guria, que vai fazer de tudo para realizar seus tantos sonhos, entre eles, tornar a raça Shorthorn e seus criadores cada vez mais fortes.

Texto: Nathã Silva de Carvalho

16 de nov. de 2009

Nova opção de genética: CAPICHE !

Sêmen disponível na Semeia - Select Sires. (51) 3222 9688
Veja o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=0uzpVYfUOcw

Destaque: Produção do touro Major Leroy

Comprido, Profundo, Costelas Arqueadas, Volume de Musculatura e Estrtutura.
Major Leroy tem sêmen disponível com a Semex. Para adquirir suas doses, basta entrar em contato com Carlos Eduardo, pelos telefones: (53) 9965 6596 - Ou pelo email: bage@semex.com.br .

23 de out. de 2009

Cabanha Tesouro brilha na Exposição de Alegrete

Como ocorre tradicionalmente, a raça Shorthorn esteve presente entre os dias 12 e 18 de outubro no parque Dr. Lauro Dornelles, quando ocorreu a 67ª exposição agropecuária de Alegrete, a maior exposição de rústicos do Rio Grande do Sul. A Cabanha Tesouro, do pecuarista Leonardo Mazzei, levou para o evento touros Shorthorn filhos dos reprodutores Estrela (Argentino) e Optimum (Canadense). Cláudio Marimon, zootecnista, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade da região da campanha (Urcamp) e técnico da raça Shorthorn pela ANC Herd Book Collares, foi responsável pelo julgamento dos exemplares na pista de julgamento de rústicos de Alegrete, considerada uma das melhores do estado. O Lote campeão três anos, conquistou o grande campeonato.

15 de set. de 2009

Divulgados campeões Shorthorn

Agropecuária Maipú fatura grandes campeonatos. Fazenda Paradeiro dos Índios fica com o reservado

Durante nove dias de exposição, o parque de exposições Assis Brasil em Esteio/RS viu passar em suas pistas animais de altíssima qualidade de várias raças bovinas. Entre elas, o Shorthorn é uma das raças britânicas mais tradicionais do evento e participa consecutivamente da feira desde sua primeira edição.

Em 2009, a Associação Brasileira de Criadores de Shorthorn e Lincoln Red (ABCShorthorn) convidou o zootecnista e pecuarista Luiz Fernando Cirne Lima, que foi responsável pela avaliação dos animais na segunda feira dia 31 de agosto. Ele destacou a qualidade dos exemplares em pista que atenderam os padrões das raças britânicas, como conformação, porte, equilíbrio e características raciais. Uma manhã de sol deu brilho á um dos mais belos julgamentos de Shorthorn dos últimos anos. A Agropecuária Maipú, de Ibirubá/RS, conquistou três dos principais títulos atribuídos á raça. A mais jovem criadora e expositora, a menina Betina Rossato de Abreu Medeiros, de apenas 14 anos, já é figurinha carimbada na pista de Esteio. Pelo terceiro ano consecutivo, ela levou o título de grande campeã, com a sua matriz “Santa Isabel 017 Freak Estrela” de 33 meses e 728 kg. A campeã terneira “Santa Isabel 24 Rivera” de 12 meses e 358 kg foi classificada como reservada de grande campeã. Ela também foi exposta por Betina Medeiros.

Na competição de machos, o destaque foi o campeão touro sênior “Santa Isabel T11 Free Town”, de 35 meses e 898 kg, que conquistou o grande campeonato da raça para a Maipú. Betina é apaixonada pela raça Shorthorn e ficou muito feliz com as conquistas. “Vencer nos machos e nas fêmeas, em uma exposição do porte que é a Expointer, ainda sob olhares de um conceituado juiz como o Sr. Cirne Lima, só comprova que estamos seguindo o caminho certo em nosso trabalho com a raça, e isto me deixa muito feliz” conta. A Fazenda Paradeiro dos Índios, dos criadores Itibereçá Paim Lourenço e James Velho, de André da Rocha/RS, conquistou o reservado grande campeonato com o terneiro branco “Índia Gilliver Talent 271” de 9 meses e 329 kg, filho do bi grande campeão Expointer 2007/2008 “Índio Gus Talent”.

A Expointer 2009 foi muito especial para a raça Shorthorn. Os animais foram expostos em um novo corredor do pavilhão de gado de corte, que contribuiu muito para maior visibilidade á raça. Animais muito bem preparados e apresentados, juntamente com a exposição de exemplares das variadas pelagens da raça (vermelho e branco, branco e rosilho) chamaram á atenção do público e atraíram muitos pecuaristas que conheceram mais sobre as qualidades do Shorthorn. Os criadores se reuniram para uma confraternização na sede da associação, logo após o julgamento, onde juntos, comemoraram a excelente participação da raça, nesta que é a maior exposição agropecuária da América Latina.

Shorthorn Brasil

Texto: Nathã Carvalho

Contato: (55) 3422 9646 – 8426 7960

shorthornbrasil@yahoo.com.br

Galeria de Fotos

Betina Medeiros e seus grandes campeões

Julgamento de fêmeas




História do Shorthorn

Origem: Noroeste da Inglaterra, nos condados de Northumberland, Durham, York e Lincoln, através da união do antigo gado Holderness e do gado Teeswater no fim do século XVIII.

O real desenvolvimento da raça ocorreu no vale do rio Tees por volta de 1600. O grande tamanho dos bovinos que habitavam aquele fértil vale tornaram-se conhecidos como bovinos Teeswater.

É uma das mais antigas das raças para corte e a segunda raça de bovinos a ter suas características fixadas, a sofrer um processo de melhoramento genético e a primeira a ter uma associação de registro.

O Shorthorn mocho apresenta as mesmas características do aspado sendo, a ausência dos chifres a única diferença. A origem do mocho ocorreu nos Estados Unidos da América do Norte, sendo obtido através de cruzamento com vacas da raça Mulley em 1870, originando o gado de padrão simples e o duplo padrão, apareceu por mutação em 1880.

É dito que o Shorthorn original, como um tipo britânico antes que um termo geral para os bovinos de chifres curtos, foi criado pelos Duques de Northumberland no século XVI e provavelmente descendesse de uma mistura de bovinos vermelhos Anglo-Saxões com bovinos vermelho e branco holandeses "Hollanders" e "Zeelands" que foram retratados na pintura "The Young Bull" de Paul Potter. Este gado Holandês não era do tipo Frísio, mas um tipo antigo o qual foi devastado pela praga bovina na Holanda em 1745.

Foi após o século XVIII que a história do Shorthorn começou a ser claramente registrada. Eles eram geralmente conhecidos como uma raça holandesa e era encontrada apenas na costa leste da Inglaterra.

Os Tynesides Shorthorns eram muito similares ao Ayrshire em 1790, e igual a este ao fim de 1887, havia uma raça holandesa, o Drenthe, o qual era exatamente como o Ayrshire deste tempo. O Drenthe, o Hollander e o Zeeland eventualmente desapareceram para o surgimento do Meuse-Rhine-Yssel.

Durante o século XVIII, o bovino local Teeswater era superior, encontrado no noroeste da Inglaterra ao redor de Darlington, e os Durhams eram bem reputados por sua conformação e habilidade leiteira, foi sendo sistematicamente melhorado por vários criadores notáveis. As técnicas de seleção usadas tornaram-se projetos para outros criadores e asseguraram que o Shorthorn expulsasse rapidamente a raça Longhorn selecionada por Bakewell, o qual tinha grande prestígio até então.

Os mais famosos e influentes criadores de Shorthorn foram os Irmãos Colling na área de Darlington; Charles Colling nasceu no ano de 1751 em Ketton Hall e Robert Colling nasceu em 1749 em Barmpton, os irmãos Colling desenvolveram um tipo de animal mais leiteiro usando, ironicamente, o método de cruzamento fechado por consangüinidade de Bakewell, para fixar as características de seus rebanhos, mas sem usar um excessivo "inbreeding". Em certa etapa da seleção, Charles introduziu um touro meio sangue Galloway mocho, oriundo de uma vaca Galloway vermelha.

Seguindo o exemplo dos Collings, a divergência de tipos foi mantida pela família Booth de Killesby e Wallarby, Yorkshire, que em 1790 iniciaram a selecionar o Teeswater para carne, continuando esta seleção até 1919; Thomas Bates de Kirklenvington em Yorkshire, nascido em 1775, selecionou seu rebanho para leite, ambas famílias fizeram uso total do rebanho dos Colling na 1a metade do século XIX. Por volta de 1800, o novo Shorthorn era a maior raça britânica em tamanho, sendo que os touros mediam 152 cm na altura das cruzes. Um famoso touro Durham, filho de Favourite em uma vaca comum, tinha 165 cm de altura e pesava 1375 kg com cinco anos de idade em 1801, quando foi exibido por todo o país, permanecendo como uma estrela até deslocar seu quarto traseiro em 1807, sendo então abatido.

O 1o Herdbook da raça Shorthorn, de fato o 1o Herdbook do mundo, foi publicado privadamente por George Coates em 1822 e a "Shorthorn Society" foi incorporada em 1875.

A raça espalhou-se rapidamente para a Escócia com o famoso criador Amos Cruickshank e em seguida veio para a América do Norte em 1783. Quando os primeiros animais foram introduzidos no estado da Virginia, a raça foi associada ao nome "Durham". Foi a primeira raça melhorada a ser importada para a América, e as qualidades que os animais possuiam fizeram com que tivessem grande demanda e sua influência espalhou-se rapidamente por toda a América do Norte.

Em 1823 um touro Shorthorn, Tarquino ou Tarquim, foi exportado para Buenos Aires, iniciando uma longa história da influência do Shorthorn na produção de carne da América do Sul. Durante o século XIX o Shorthorn tornou-se a raça mais popular da Inglaterra e teve esmagadora dominância no rebanho nacional inglês. Em 1916 o registro incluía mais de uma dúzia de tipos identificados, e a raça espalhou-se para a Escócia, Irlanda, América do Norte, Austrália e todo continente europeu. A França importou consideráveis números entre 1850 e 1860 e tornou-se uma útil reserva de linhagens as quais estavam extintas na Inglaterra.

No Brasil

A raça teve seu Herdbook aberto no ano de 1906 com o touro importado "Count Barrington", o registro foi feito pelo então chamado Registro Genealógico Riograndense, hoje Associação Nacional de Criadores Herdbook Collares. A raça era usada no estado do Rio Grande do Sul muitos anos antes desta data.

Nos tempos da 1a Guerra Mundial, o Shorthorn foi descrito como a raça bovina mais amplamente distribuída, tanto na sua origem como no exterior, e excedia outras raças puras na Bretanha enquanto que a maioria dos cruzamentos comerciais tinham sangue Shorthorn.

Em adição, a raça foi amplamente exportada e teve importante papel na formação ou melhoramento de muitas outras raças, sua influência foi provavelmente a maior entre todas as raças, exceto talvez pelo Frísio, e sua adaptabilidade é legendária.

Contudo, os números de Shorthorn puro na Grã Bretanha caíram fortemente neste século, particularmente nos últimos 30 ou 40 anos, de por volta 25.000 animais em 1950 a não mais de 3.000 em 1980.